O conselho aprovou a matéria com 22 votos a favor, sete contra e 14 abstenções. A resolução pede que o governo iraniano 'coopere totalmente' com os trabalhos deste relator, permitindo sua entrada no país e fornecendo as informações necessárias.
Ao justificar seu voto, a representante brasileira no Conselho, Maria Nazareth Farani Azevedo, disse que o Brasil acredita que todo país, 'sem exceção', tem desafios a superar no campo dos direitos humanos.
Segundo Azevedo, a resolução deve ser vista como a expressão de um julgamento comum de que é 'importante, necessário e imperativo' para todos os Estados-membros da ONU cooperar com os mecanismos de proteção aos direitos humanos.
Mudança de posição
A representante brasileira disse que a não-observância da suspensão da prática da pena de morte no Irã, assim como em outros países, era uma 'preocupação particular' do Brasil.
Esta votação indica uma mudança de posição do Brasil em relação aos direitos humanos no Irã.
No mesmo conselho, em novembro do ano passado, o Brasil se absteve de votar uma proposta que condenava violações de direitos humanos no país persa.
A justificativa do Brasil para se abster foi o fato de não considerar o conselho 'o melhor fórum' para se debater a questão dos direitos humanos no Irã.
Mesmo assim, o texto acabou sendo aprovado no órgão e levado à plenária da Assembleia Geral da ONU.
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