quarta-feira, 23 de março de 2011

Crise no mundo Árabe

Rebeldes líbios nomeiam presidente de governo interino

     Os rebeldes líbios designaram Mahmoud Jabril como chefe de governo interino, no que sinaliza uma mudança na estratégia seguida até agora pelo Conselho Nacional Transitório (CNT), criado em 27 de fevereiro, informou a rede árabe "Al Jazeera".

     Segundo a fonte, o novo presidente provisório, que estava à frente do comitê de crise para assuntos militares e exteriores, terá a faculdade de nomear seus ministros.
“O Conselho Nacional Transitório é um órgão legislativo, mas precisamos de um órgão executivo para assumir o controle e garantir uma administração”, disse James Baias, um dos porta-vozes do CNT.
“Nossa posição tem sido muito clara: a Líbia é uma unidade e a nossa capital é Trípoli e será para sempre Trípoli. Estamos lutando para libertar a parte ocidental do país e manter o país unido. Gostaríamos de enfatizar isso”, completou.



Mais duas explosões são ouvidas em Trípoli

        Pelo menos duas explosões foram ouvidas em Trípoli, capital da Líbia, na madrugada desta quarta-feira (23), de acordo com testemunhas ouvidas pela agência Reuters. Segundo as testemunhas, não foram ouvidos tiros da artilharia antiaérea do ditador líbio Muammar Gaddafi.
       Os ataques sucedem às declarações de Gaddafi, que no fim da noite de terça-feira fez uma aparição em público em sua residência de Bab el-Aziziya, em Trípoli, atingida no domingo por um míssil da coalizão, informou a televisão nacional líbia. “A Líbia está preparada para a batalha, seja ela longa ou curta, disse o ditador. "Vamos ganhar esta batalha", acrescentou. Ele também disse que "as massas são as defesas antiaéreas mais fortes".
      Apesar do discurso de Gaddafi, a secretária de estado americana, Hillary Clinton, disse ter informações de que um dos filhos do ditador líbio Muammar Gaddafi foi morto durante ataques da coalizão contra o país, informou a cadeia de TV ABC News. No entanto, Hillary afirmou que "não há evidências suficientes" para confirmar a morte do filho de Gaddafi. Fontes rebeldes, no entanto, comemoram a morte de Khamis          Gaddafi, de 27 anos, que comanda uma das brigadas mais violentas do país, informação negada pelo governo líbio.
       Hillary disse ainda que alguns dos colaboradores mais próximos de Muammar Gaddafi podem estar pedindo ajuda ao exterior para encontrar uma saída para o líder líbio.
Embora alguns veículos de imprensa avaliem que esta ajuda poderia ser interpretada como uma solicitação de asilo político, a diplomata americana não mencionou o exílio, mas disse que pessoas próximas a Gaddafi estão avaliando suas opções.
"Temos ouvido que gente próxima a ele está acudindo a pessoas que conhecem ao redor do mundo, África, Oriente Médio, Europa, América do Norte e outros lugares, perguntando: 'O que podemos fazer? Como podemos acabar com isto? O quê acontecerá depois?'", disse Hillary.

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